quarta-feira, setembro 29, 2010

Brasil - não é tão ruim assim... Ainda somos melhores em muita coisa:

1. Nenhum brasileiro convoca os amigos para apedrejar a própria mulher porque ela o chifrou.
2. Nenhum jornal brasileiro gasta páginas e páginas com esportes idiotas como o beisebol.
3. Só brasileiro muito pobre vai de bicicleta pro trabalho.
4. Cremação, no Brasil, geralmente só acontece com o sujeito depois de morto.
5. Mesmo os políticos são usados até o fim e não envenenados.
6. Quando um ministro fala demais ninguém nos impede de desligá-lo (na TV).
7. Brasileiro não é muito chegado a coisas violentas, como touradas. O Brasil também não dá grandes lutadores de boxe. Nosso machismo conhece suas limitações.
8. Os trens podem não chegar na hora, mas chegam no dia.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Da série "a gente ganha pouco, mas se diverte" - trecho de acórdão no qual se discute o arbitramento e a cobrança de honorários advocatícios:

"A possível existência de um relacionamento amoroso entre cliente e advogado não torna inexistente o contrato de prestação de serviços, ainda que verbal. Encontros furtivos e relacionamento sexual não geram automática gratuidade dos trabalhos profissionais.

Relação amorosa clandestina não é moeda, nem paga trabalho profissional regularmente desenvolvido.

Amor e sexo não se misturam com dinheiro e trabalho, especialmente no caso dos autos, em que autor e ré, se tanto, ao que tudo indica, apenas "aplacaram os apelos do sexo", no expressivo dizer do mestre Machado de Assis, pagando-se mutuamente (e se isso não houve, de si devem se queixar, pela má escolha).

Obséquios carnais supostamente prestados pela cliente ao advogado não a exoneram da obrigação de pagar os honorários do advogado. Isso só seria concebível se a cliente fosse uma - vá lá a palavra - horizontal. Mas não é.

Encontros furtivos, enlevo à socapa, isoladamente, não significam isenção de pagamento de honorários advocatícios do autor. Não sendo a ré uma mercadora do sexo, uma barregã qualquer, resvala para a indignidade de sua condição feminina a tese por ela própria esgrimida."