sexta-feira, dezembro 28, 2012



Liste von Leuten, auf die man getrost verzichten kann


  1.  Stasimitarbeiter im Ruhestand, auf deren Briefkasten ein "Keine Werbung einwerfen!"-Aufkleber mit riesigem Paragraphenzeichen klebt
  2.  Riesige Vokuhila-Iros in grün-rot, an denen noch ein Testosteron-ausdünstendes Etwas baumelt
  3.  Fünfzigjährige mit Lederhut, die sich beim Lesen von David Safier süffisant den graumelierten Vollbart massieren
  4.  Frittierte Blondinen im Bikini, deren graumelierte Krampfadern an einen Stadtplan von Dresden erinnern
  5.  Menschen, die andere zum Schweigen auffordern, weil gerade eine Nationalhymne gespielt wird
  6.  Opas in grauen Westen, die vor Baustellen stehen und die Arbeiter begaffen
  7.  "Weinkenner", die den Wein gegen den Rand des Glases schwappen lassen und daraus etwas deuten
  8.  Typen, die nach einer ironischen Bemerkung ihr rechtes unteres Augenlid mit dem Zeigefinger herunterziehen
  9.   Leute, die eine "persönliche Beziehung zu Gott" haben
  10.   Bürger, die alle Minister ihres Bundeslandes fehlerfrei aufsagen können
  11.  Studenten, die überall demonstrativ ihr schwarzes Notizbuch aufschlagen





    Liste trauriger Dinge

  1. Die halb ausgetrunkene Kaffeetasse auf dem Schreibtisch des gerade gekündigten Kollegen
  2. Schauspieler, die zum Verbeugen auf die Bühne rennen, während das Publikum gerade geht
  3. Babysöckchen neben einem negativen Schwangerschaftstest
  4. Eine Dorfband, die zwischen zwei Karnevalshits das Riff von "Smoke on the Water" anspielt
  5. Der vielsagende Blick zweier einst in Jugendliebe Verbundener, die sich nach zwanzig Jahren mitsamt ihren furchtbaren Ehepartnern zufällig im Einkaufszentrum begegnen
  6. "Knorr Festtagssuppe"
  7. Wellensittich-Gräber im eigenen Garten
  8. Eine vertrocknete Topfpflanze im Büro eines am Schreibtisch dahingeschiedenen und noch nicht weggeräumten Verwaltungsangestellten
  9. Kinder, die ihre Mutter verzweifelt auf Youporn suchen
  10. Ein roter Gummiball, der unter der Treppe verstaubt, weil niemand mit ihm spielen will
  11. Ein liebevoll zurechtgemachtes Pausenbrot, das auf dem Küchentisch vergessen wurde
  12. Eine große Menschenmenge, in der nur eine Person klatscht
  13. Eine reich gedeckte Geburtstagstafel, an der nur das Geburtstagskind sitzt
  14. Blumen, die hinter dem Fenster vertrocknen, während es draußen regnet
  15. Ein Rentner, der seinen treuen, aber altersschwachen Hund einschläfern lassen muß, weil er das Futter nicht mehr bezahlen kann
  16. Ein aufwendig betriebenes Onlinetagebuch, das irgendwann einfach so aufhört    
  17. Ein Hund, der am Straßenrand ausgesetzt wird und freudig hechelnd herumtollt, weil er glaubt, sein Herrchen macht gleich einen Waldspaziergang mit ihm   

segunda-feira, abril 23, 2012

Criando coragem para saltar desde junho de 2011.


quinta-feira, outubro 28, 2010

Meu poema favorito na adolescência.


Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.


Luis de Camões

quarta-feira, setembro 29, 2010

Brasil - não é tão ruim assim... Ainda somos melhores em muita coisa:

1. Nenhum brasileiro convoca os amigos para apedrejar a própria mulher porque ela o chifrou.
2. Nenhum jornal brasileiro gasta páginas e páginas com esportes idiotas como o beisebol.
3. Só brasileiro muito pobre vai de bicicleta pro trabalho.
4. Cremação, no Brasil, geralmente só acontece com o sujeito depois de morto.
5. Mesmo os políticos são usados até o fim e não envenenados.
6. Quando um ministro fala demais ninguém nos impede de desligá-lo (na TV).
7. Brasileiro não é muito chegado a coisas violentas, como touradas. O Brasil também não dá grandes lutadores de boxe. Nosso machismo conhece suas limitações.
8. Os trens podem não chegar na hora, mas chegam no dia.

segunda-feira, setembro 27, 2010

Da série "a gente ganha pouco, mas se diverte" - trecho de acórdão no qual se discute o arbitramento e a cobrança de honorários advocatícios:

"A possível existência de um relacionamento amoroso entre cliente e advogado não torna inexistente o contrato de prestação de serviços, ainda que verbal. Encontros furtivos e relacionamento sexual não geram automática gratuidade dos trabalhos profissionais.

Relação amorosa clandestina não é moeda, nem paga trabalho profissional regularmente desenvolvido.

Amor e sexo não se misturam com dinheiro e trabalho, especialmente no caso dos autos, em que autor e ré, se tanto, ao que tudo indica, apenas "aplacaram os apelos do sexo", no expressivo dizer do mestre Machado de Assis, pagando-se mutuamente (e se isso não houve, de si devem se queixar, pela má escolha).

Obséquios carnais supostamente prestados pela cliente ao advogado não a exoneram da obrigação de pagar os honorários do advogado. Isso só seria concebível se a cliente fosse uma - vá lá a palavra - horizontal. Mas não é.

Encontros furtivos, enlevo à socapa, isoladamente, não significam isenção de pagamento de honorários advocatícios do autor. Não sendo a ré uma mercadora do sexo, uma barregã qualquer, resvala para a indignidade de sua condição feminina a tese por ela própria esgrimida."

quinta-feira, agosto 26, 2010

Eu sou sincera: não gosto de sinceridade

É interessante reparar no modo como o autor deste tipo de frase é, em geral, atormentado pela sua própria nobreza de caráter. Outras pessoas teriam a desonestidade de elogiar aquela camisa, ou fariam um silêncio igualmente condenável. O sincero não pode, uma vez que é sincero. Não é desagradável, nem impertinente, nem descortês. É sincero. No fundo, o que está a dizer é: "Não posso fazer nada. Eu bem que me esforço para não ser tão moralmente irrepreensível, mas não consigo. É a mais elevada dignidade que me obriga a dizer que você tem mau gosto."

Tenho dificuldade em admitir que a sinceridade seja uma virtude. É fácil, revela arrogância (as minhas opiniões são tão especiais que eu tenho o dever de comunicá-las aos outros) e é desagradável (o que eu REALMENTE penso é, na esmagadora maioria das vezes, de uma inconveniência espantosa). A vida em sociedade depende precisamente da nossa maravilhosa capacidade de não revelar o que pensamos. Sim, eu acho que fulana é gorda, mas não digo nada se ela me perguntar. Claro que o perfume do sicrano é horrível, mas ninguém me convence de que eu serei uma pessoa melhor se disser: "Eu sou sincera: o senhor está fedendo."

O problema é que a sociedade está erradamente convencida de que a autenticidade é um valor que se deve prezar. "Seja você mesmo", ouvimos a toda a hora. É obviamente um mau conselho. Devemos tentar ser um pouco melhores que nós mesmos. Só se eu fosse idiota seria igual a mim própria. Trata-se de um caminho que não leva a lugar nenhum. Por que razão devo ser eu mesma se, com algum empenho, posso tentar ser uma pessoa decente?

AGORA serei sincera: vou continuar a ser dissimulada.

segunda-feira, junho 07, 2010

Não confio em gente que fala bem de todo mundo. E é com trivialidades, quando a pessoa está desprevenida, que revela o seu caráter. Quem reza alto tem pouca fé - eu gostaria de ser lembrada pelas companhias que evitei.


O fato de ter razão não dá a ninguém o direito de ser estúpido.